Camões |
1549 - Desterro em Belver, no Alto Alentejo. Em barca para Ceuta a fim de combater os mouros; numa das escaramuças, perde o olho direito.
1551 - Regressa a Lisboa.
1552 - Numa briga, fere um funcionário da Casa Real. Por esse motivo, passa nove meses na prisão.
1553 - É indultado e, depois de pagar quatro mil-réis, é posto em liberdade. Embarca para Goa, na Índia.
1556 - É nomeado provedor-mor em Macau. Participa de várias campanhas militares.
1560 - Ao retornar à Índia, naufraga na foz do rio Meckong.
1561 - É destituído de suas funções de provedor. É enviado a Goa para ser julgado por má gestão dos bens dos defuntos e ausentes. Um amigo o livra do julgamento. Nomeado para a função de feitor em Chaul. Não chega a exercer o cargo.
1562 - Preso em Goa por dívidas não pagas, é libertado pelo vice-rei Dom Francisco de Souza Coutinho.
1567 - Segue para Moçambique.
1570 - Regressa a Lisboa acompanhado do historiador Diogo do Couto.
1572 - É publicada a primeira edição de Os Lusíadas.
1580 - Em 10 de junho morre em Lisboa, atacado pela peste.
Na virada do século XV para o XVI, Dom Manuel I, o Venturoso, é o rei de Portugal. Em seu reinado a expansão ultramarina, iniciada algumas décadas antes, ganha novo impulso. Em 1497 Vasco da Gama já comandara uma expedição que partira de Lisboa com quatro navios e chegara a Calicute, nas Índias orientais. Vive-se uma época de descobrimetos e de conquistas territoriais.
Por volta de 1525, possivelmente em Lisboa, nasce Luís Vaz de Camões, filho do fidalgo Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá Macedo, pertencentes à pequena nobreza.
É provável que tenha passado a infância em Coimbra, o grande centro cultural de Portugal e cidade que abriga uma das mais completas bibliotecas da época. Segundo consta, na aquisição da vasta cultura humanística teria sido orientado por seu tio, D. Bento de Camões, prior do Convento de Santa Cruz e chanceler da Universidade. Camões, aliás, pode ter conseguido sua formação mesmo sem haver frequentado regularmente a Universidade de Coimbra, já que seu nome não aparece nos registros escolares. A propósito, sua cultura clássica é invejável: inclui tanto os poetas latinos como os filósofos gregos. Seus autores prediletos são Dante e Petrarca; conhece como poucos a história antiga dos romanos, dos gregos, dos povos da península Ibérica a astronomia e as artes militares.
Mas a vida de Camões não é dedicada apenas aos livros. Com menos de vinte anos, ainda em Coimbra, mistura os prazeres do espírito com os do corpo. Autores portugueses afirmam que o poeta domina, nessa época, a arte de conquistar os corações femininos, sobretudo das belas damas da nobreza, tornando-se invejado até por fidalgos endinheirados.
Antes de concluir os estudos em Coimbra, transfere-se para Lisboa. A nobreza dos pais garante-lhe um lugar na corte de D. João II, onde, em versos apaixonados, ele saúda uma beleza loura, de olhos claros. Nesse tempo, segundo algumas versões, Camões exerceria o cargo de preceptor do filho dos Condes de Linhares, seus resolutos protetores durante toda a vida.
Em 1549, aos 24 anos, o vigor de jovem e o interesse pelas letras levam Camões a participar de intrigas na corte, as quais, possivelmente, o obrigam a lançar-se naquela vida errante que lhe viria a proporcionar os elementos de sua futura obra-prima.
Nesse período Camões é desterrado para Belver, no Alto Alentejo. Ao que parece, um amor malsucedido teria sido a causa do seu afastamento do paço. Algum tempo depois, mediante despacho real, Camões é transferido para Ceuta, no Marrocos, posto avançado contra os mouros, que ainda assediam a península Ibérica. Numa das refregas em que toma parte, perde o olho direito. A partir daí passaria a ser representado com essa deformidade em todos os seus retratos conhecidos.
Quando regressa da África, o poeta já não encontra em Lisboa os amigos do passado. É um homem marcado, a quem ninguém faz deferências. Em 16 de junho de 1552 envolve-se em um triste incidente. Nesse dia, durante uma procissão de Corpus Christi, Camões, por motivo desconhecido, desentende-se com um funcionário da Casa Real, Gonçalo Borges, e golpeia-o gravemente no pescoço com uma espada. Levado á prisão da cidade, fica encarcerado durante nove meses, enquanto o adversário aos poucos se restabelece.
Indultado no ano seguinte, é posto em liberdade após o pagamento de quatro mil-réis exigido pelo rei. Poucos dias depois, na qualidade de simples soldado, Camões embarca na armada de Fernão Álvares Cabral (filho de Pedro Álvares) em direção a Goa. Durante os seis meses que passa no mar, enfrenta sucessivas calmarias nas costas da África e tempestades no Índico, conhece aldeias de selvagens e civilizações estranhas. Toda essa experiência seria transformada em versos na composição das cenas marítimas do grande poema épico que futuramente escreveria.
Indultado no ano seguinte, é posto em liberdade após o pagamento de quatro mil-réis exigido pelo rei. Poucos dias depois, na qualidade de simples soldado, Camões embarca na armada de Fernão Álvares Cabral (filho de Pedro Álvares) em direção a Goa. Durante os seis meses que passa no mar, enfrenta sucessivas calmarias nas costas da África e tempestades no Índico, conhece aldeias de selvagens e civilizações estranhas. Toda essa experiência seria transformada em versos na composição das cenas marítimas do grande poema épico que futuramente escreveria.
Apesar da liberdade de costumes que caracteriza a vida da Índia, cinco nobres portugueses convidados por Luís de Camões para um banquete em sua casa, em Goa, ficam surpresos por lhes serem apresentados pratos cheios de folhas manuscritas de poesias em vez das iguarias que esperam. Dessa maneira, com humor e uma nota de tristeza, Camões, nobre, soldado e poeta, anuncia a seus compatriotas, que haviam feito fortunas astronômicas nas colônias da Ásia, o deplorável estado de suas finanças.
Esse é um dos poucos episódios da vida atribulada do poeta português que se conhece com exatidão. No seu tempo, raras foram as notas ou observações que se escreveram a seu respeito. Sabe-se que, sempre malsucedido do ponto de vista financeiro, Camões faz representar em Goa, perante o governador Francisco Barreto, o seu Auto de Filodemo. Mais tarde atacaria de forma ainda mais violenta os costumes de nobres e de plebeus na Índia.
Nomeado para o cargo de provedor-mor dos bens de defuntos e ausentes da China, Camões parte para Macau em 1556. Antes de entrar no exercício de suas funções, participa de várias campanhas militares: ataca beduínos na Arábia, toma parte em batalhas contra nativos que combatem os portugueses e em expedições ao Vietnã e a Malaca, atividades bélicas que muito bem descreveria depois em Os Lusíadas, tirando delas conclusões que ainda hoje continuam válidas.
De acordo com estudiosos da vida de Camões, a ideia de escrever Os Lusíadas ocorrera-lha ainda em Portugal, mas sem dúvida a maior parte dos seus dez cantos ele compõe ao longo dos dezessete anos em que vagueia pela Ásia.
Conta a lenda que, enquanto permanece em Macau, Camões dirige-se a uma gruta à beira-mar onde, ao lado da sua amada chinesa, Dinamene, escreve, dia após dia, os versos de Os Lusíadas. Todavia, a própria gruta parece desmentir a versão da lenda: é extremamente pequena, quase uma fenda na rocha, frequentemente salpicada pelas águas das marés mais altas. É improvável que Camões tenha conseguido permanecer nela durante tanto tempo.
Retorna à Índia por volta de 1560, aonde chega depois de naufragar na foz do rio Meckong e de salvar-se a nado. Camões, contudo, consegue livrar seu poema. Pelo que se sabe, nadando apenas com um braço, e com o outro estendido acima das onda, erguendo Os Lusíadas, o poeta atinge a praia.
Acusado de não ter exercido satisfatoriamente sua gestão sobre os bens dos defuntos e ausentes, um ano após sua chegada a Macau Camões é destituído do cargo e enviado, sob custódia, a Goa, onde seria ser julgado. Nessa cidade consegue, ao que parece graças a um amigo influente, livrar-se do julgamento e obter nova nomeação, agora para feitor em Chaul, cargo que nunca chegaria a exercer.
Por essa altura, e a requerimento de um tal Miguel Roiz, Camões é preso por dívidas, fato que o leva a dirigir um poema humorístico ao vice-rei, Dom Francisco de Sousa Coutinho, Conde de Redondo, invocando seu auxílio.
Em 1567, finalmente, Camões deixa a índia. Do capitão de uma nau consegue passagem gratuita até Moçambique, onde espera encontrar a proteção de um amigo. Porém, suas esperanças frustram-se, e a situação torna-se-lhe a pior possível.
Quem o encontra nessas tristes circunstâncias é o historiador Diogo do Couto, que faz referências ao caso em sua obra Décadas da Índia: "Em Moçambique achamos aquele Príncipe dos Poetas, Luís de Camões, tão pobre que comia de amigos, e, para se embarcar para o reino, lhe ajuntamos toda a roupa que houve mister; e não faltou quem lhe desse de comer. E aquele inverno que esteve em Moçambique, acabando de aperfeiçoar as suas Lusíadas para as imprimir, foi escrevendo muito em um livro, que intitulava Parnaso de Luís de Camões, livro de muita erudição, doutrina e filosofia, o qual lhe juntaram. E nunca pude saber, no reino, dele, por muito que inquiri. E foi furto notável."
Camões volta para Lisboa com Diogo do Couto, e chega por ocasião de uma grande peste que dizima a população em 1568 e 1569. Tem então conhecimento de que uma das suas grandes amadas havia morrido prematuramente, aos 25 anos, quando ele ainda estava em Macau.
Nessa mesma ocasião Camões empenha-se para publicar Os Lusíadas. Depois de o aperfeiçoar, tira uma cópia especial para dedicá-la ao rei Dom Sebastião. O portador do poema - ao que parece Camões já não tem acesso à corte - é seu amigo de juventude Dom Manuel de Portugal. O soberano recebe com agrado a oferta. Talvez por isso o frade dominicano Bartolomeu Ferreira, encarregado pelo Santo Ofício da censura eclesiástica, não cria dificuldades à publicação, embora em Os Lusíadas sobejem as divindades pagãs, misturadas com o maravilhoso cristão.
Sobre esse assunto delicado, Frei Bartolomeu comenta em seu despacho favorável: "Como isto é poesia e fingimento, e o autor, como poeta, não pretende mais que ornar o estilo poético, não tivemos por inconveniente ir esta fábula na obra. E por isso me parece o livro digno de se imprimir, e o autor mostra nele muito engenho e muita erudição nas ciências humanas".
Um alvará régio de setembro de 1571 concede a licença de impressão e garante a Camões direitos de autor por dez anos. Em 1572 o poema é publicado, e o rei decide conceder uma tença ao seu autor, no montante de quinze mil-réis por ano - quantia, aliás, pequena em relação a outras pensões atribuídas naquela época.
Mesmo assim, numa prova evidente de que o valor de Os Lusíadas ainda não fora compreendido, o decreto real que concede a referida tença salienta como justificativa os serviços prestados por Camões na Índia.
Os últimos anos da vida do poeta são reconstituídos, praticamente, à base de conjeturas. As tenças concedidas pelo rei são pagas com atraso, e isso, tendo em conta sa exiguidade, só faz aumentar as já não poucas dificuldades de Camões.
Em 10 de junho de 1580 morre o grande poeta português. O historiador Diogo do Couto, nas Décadas, faz um simples relato: "Em Portugal morreu este excelente poeta em pura pobreza".
Entre 1579 e 1581 grassa em Lisboa, mais uma vez, violenta peste. A morte sobrevém em quatro ou cindo dias. No meio do caos reinante, com a acumulação de cadáveres para ser inumados, o copro de Camões é apenas envolvido numa mortalha e lançado, com os de outras numerosas vítimas da epidemia, na cripta da Igreja de Santa Ana. Um terremoto em 1755 destrói o templo e mistura ainda mais as ossadas que sob ele jazem. Em 1880 todos os despojos mortais que ali se encontram são levados para o Panteão dos Jerônimos, onde ficam sepultados, na esperança de que entre eles estivessem os restos do maior poeta português.
Do grande poema épico há traduções em quase todas as línguas do mundo, e entre os grandes admiradores de Camões contam-se célebres figuras da literatura e da cultura universais. Cervantes, seu contemporâneo, refere-se a Os Lusíadas como "O Tesouro do Luso".
Os Lusíadas tem hoje um lugar de relevo na literatura universal. Seu valor maior foi, porém, o de incorporar na própria vida dos portugueses o relato dos feitos heroicos dos navegadores da pequena nação ibérica, que escrevia então, sozinha, as primeiras páginas da história do mundo moderno.
Nomeado para o cargo de provedor-mor dos bens de defuntos e ausentes da China, Camões parte para Macau em 1556. Antes de entrar no exercício de suas funções, participa de várias campanhas militares: ataca beduínos na Arábia, toma parte em batalhas contra nativos que combatem os portugueses e em expedições ao Vietnã e a Malaca, atividades bélicas que muito bem descreveria depois em Os Lusíadas, tirando delas conclusões que ainda hoje continuam válidas.
De acordo com estudiosos da vida de Camões, a ideia de escrever Os Lusíadas ocorrera-lha ainda em Portugal, mas sem dúvida a maior parte dos seus dez cantos ele compõe ao longo dos dezessete anos em que vagueia pela Ásia.
Conta a lenda que, enquanto permanece em Macau, Camões dirige-se a uma gruta à beira-mar onde, ao lado da sua amada chinesa, Dinamene, escreve, dia após dia, os versos de Os Lusíadas. Todavia, a própria gruta parece desmentir a versão da lenda: é extremamente pequena, quase uma fenda na rocha, frequentemente salpicada pelas águas das marés mais altas. É improvável que Camões tenha conseguido permanecer nela durante tanto tempo.
Retorna à Índia por volta de 1560, aonde chega depois de naufragar na foz do rio Meckong e de salvar-se a nado. Camões, contudo, consegue livrar seu poema. Pelo que se sabe, nadando apenas com um braço, e com o outro estendido acima das onda, erguendo Os Lusíadas, o poeta atinge a praia.
Acusado de não ter exercido satisfatoriamente sua gestão sobre os bens dos defuntos e ausentes, um ano após sua chegada a Macau Camões é destituído do cargo e enviado, sob custódia, a Goa, onde seria ser julgado. Nessa cidade consegue, ao que parece graças a um amigo influente, livrar-se do julgamento e obter nova nomeação, agora para feitor em Chaul, cargo que nunca chegaria a exercer.
Por essa altura, e a requerimento de um tal Miguel Roiz, Camões é preso por dívidas, fato que o leva a dirigir um poema humorístico ao vice-rei, Dom Francisco de Sousa Coutinho, Conde de Redondo, invocando seu auxílio.
Em 1567, finalmente, Camões deixa a índia. Do capitão de uma nau consegue passagem gratuita até Moçambique, onde espera encontrar a proteção de um amigo. Porém, suas esperanças frustram-se, e a situação torna-se-lhe a pior possível.
Quem o encontra nessas tristes circunstâncias é o historiador Diogo do Couto, que faz referências ao caso em sua obra Décadas da Índia: "Em Moçambique achamos aquele Príncipe dos Poetas, Luís de Camões, tão pobre que comia de amigos, e, para se embarcar para o reino, lhe ajuntamos toda a roupa que houve mister; e não faltou quem lhe desse de comer. E aquele inverno que esteve em Moçambique, acabando de aperfeiçoar as suas Lusíadas para as imprimir, foi escrevendo muito em um livro, que intitulava Parnaso de Luís de Camões, livro de muita erudição, doutrina e filosofia, o qual lhe juntaram. E nunca pude saber, no reino, dele, por muito que inquiri. E foi furto notável."
Camões volta para Lisboa com Diogo do Couto, e chega por ocasião de uma grande peste que dizima a população em 1568 e 1569. Tem então conhecimento de que uma das suas grandes amadas havia morrido prematuramente, aos 25 anos, quando ele ainda estava em Macau.
Nessa mesma ocasião Camões empenha-se para publicar Os Lusíadas. Depois de o aperfeiçoar, tira uma cópia especial para dedicá-la ao rei Dom Sebastião. O portador do poema - ao que parece Camões já não tem acesso à corte - é seu amigo de juventude Dom Manuel de Portugal. O soberano recebe com agrado a oferta. Talvez por isso o frade dominicano Bartolomeu Ferreira, encarregado pelo Santo Ofício da censura eclesiástica, não cria dificuldades à publicação, embora em Os Lusíadas sobejem as divindades pagãs, misturadas com o maravilhoso cristão.
Sobre esse assunto delicado, Frei Bartolomeu comenta em seu despacho favorável: "Como isto é poesia e fingimento, e o autor, como poeta, não pretende mais que ornar o estilo poético, não tivemos por inconveniente ir esta fábula na obra. E por isso me parece o livro digno de se imprimir, e o autor mostra nele muito engenho e muita erudição nas ciências humanas".
Um alvará régio de setembro de 1571 concede a licença de impressão e garante a Camões direitos de autor por dez anos. Em 1572 o poema é publicado, e o rei decide conceder uma tença ao seu autor, no montante de quinze mil-réis por ano - quantia, aliás, pequena em relação a outras pensões atribuídas naquela época.
Mesmo assim, numa prova evidente de que o valor de Os Lusíadas ainda não fora compreendido, o decreto real que concede a referida tença salienta como justificativa os serviços prestados por Camões na Índia.
Os últimos anos da vida do poeta são reconstituídos, praticamente, à base de conjeturas. As tenças concedidas pelo rei são pagas com atraso, e isso, tendo em conta sa exiguidade, só faz aumentar as já não poucas dificuldades de Camões.
Em 10 de junho de 1580 morre o grande poeta português. O historiador Diogo do Couto, nas Décadas, faz um simples relato: "Em Portugal morreu este excelente poeta em pura pobreza".
Entre 1579 e 1581 grassa em Lisboa, mais uma vez, violenta peste. A morte sobrevém em quatro ou cindo dias. No meio do caos reinante, com a acumulação de cadáveres para ser inumados, o copro de Camões é apenas envolvido numa mortalha e lançado, com os de outras numerosas vítimas da epidemia, na cripta da Igreja de Santa Ana. Um terremoto em 1755 destrói o templo e mistura ainda mais as ossadas que sob ele jazem. Em 1880 todos os despojos mortais que ali se encontram são levados para o Panteão dos Jerônimos, onde ficam sepultados, na esperança de que entre eles estivessem os restos do maior poeta português.
Do grande poema épico há traduções em quase todas as línguas do mundo, e entre os grandes admiradores de Camões contam-se célebres figuras da literatura e da cultura universais. Cervantes, seu contemporâneo, refere-se a Os Lusíadas como "O Tesouro do Luso".
Os Lusíadas tem hoje um lugar de relevo na literatura universal. Seu valor maior foi, porém, o de incorporar na própria vida dos portugueses o relato dos feitos heroicos dos navegadores da pequena nação ibérica, que escrevia então, sozinha, as primeiras páginas da história do mundo moderno.
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