sábado, 8 de maio de 2010

Alice Viveiros de Castro / AVC/ O Elogio da Bobagem

"Esse nosso personagem imaginário sobreviveu a todas as catástrofes naturais, inclusive às construídas pelos homens. Esteve presente nas batalhas, nas festas e nos rituais mais engraçados, sempre cumprindo o mesmo papel: provocar o riso."



Alice Viveiros de Castro / AVC
O Elogio da Bobagem - palhaços no Brasil
e no mundo / Alice Viveiros de Castro - Rio de Janeiro:
Editora Família Bastos, 2005

"O Homem é o único animal que ri." - disse Aristóteles. Mas por quê? (...) Rimos porque é bom e isso basta.É isto!

Provando que ninguém está mesmo livre de AVC, "O Elogio da Bobagem" pode se tornar o melhor livro de cabeceira. Belíssimo! Especialmente para quem gosta de listas. Segue pequena lista de palhaços incríveis, começado pelos "Grandes Palhaços do Brasil", pois a palhaçada é grande:

Polydoro;
Alcebíades Pereira;
Benjamin de Oliveira;
Eduardo das Neves;
Pompílio;
Juan Cardona e os Stuart Teresa, a família de Oscarito;
Chicharrão e todos os Queirolo;
Piolin;
Pedro Gonçalves - Dudu, o palhaço empresário;
Arrelia;
Carequinha - Tá certo ou não tá?
Picolino I e II;

O livro relata que o palhaço profissional ganhou fama pelo fato dos ricos e poderosos ostentarem o seu palhaço exclusivo, o mais antigo profissional do mundo que acabaram por ter na comicidade uma profissão, "Uma das mais antigas profissões'.

Assim, palhaços do Egito, China, Índia, Grécia, Roma tem destaque especial logo nos primeiros capítulos do 'Elogio da Bobagem', não esquecendo 'O Santo Palhaço' Genésio, que no meio a palhaçada, se comove e declara para todos sua fé na doutrina do Cristo, sendo ungido com óleo. Não é à toa que é o padroeiro dos atores, palhaços, advogados, epiléticos e vítimas de torturas. Um Palhaço Santo, digo, um Santo Palhaço!

Extenso capítulo é dedicado para 'Os Bobos da Corte', onde são apresentada belas imagens dos bobos:

"Durante a Idade Média, onde houvesse um senhor, um poderoso, fosse ele um conde, barão, bispo, abade, príncipe ou rei, haveria um bobo. Uma corte que se prezasse deveria ter pelo menos um bobo para divertir o senhor e seus convidados."

No mundo em que as futuras profissões estão em construção, este feliz sobrevivente não diria ter seu lugar garantido na arte do riso, apesar de ter sido praticamente um dos primeiros profissionais reconhecido como um trabalha
dor.

Está difícil de encontrar a palhaçada em rede. Creio que foram todos ao "circonteúdo" (*). The "Family Circus" em todo lugar.

(até o próximo espetáculo!)



Você poderá gostar de: Path Adams/ O amor é contagioso

4 comentários:

  1. nossa, quando comecei a ler esse post, não dava nada por ele. me enganei totalmente, estou super curiosa pra ler esse livro agora! é o tipo de livro que eu não compraria por vontade própria, mas se começasse a folhear, leria até o fim e me divertiria bastante.

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  2. Ftods,continue 'Esperando Godot' no post anterior.
    Divirta-se!

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  3. Os Bobos eram os únicos que podiam dizer certas verdades os poderosos .

    beijos

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