sábado, 31 de agosto de 2019

Laurita de Souza Santos Moreira

Macaé - RJ
Imagem: Lígia Guedes

IGREJINHA DE SANTANA

Bem do alto da colina
confortavelmente está
igrejinha tão singela
outra igual assim não há.
Igrejinha de Santana,
cheia de graça...
Suas graças a derramar
Igrejinha mãe-criança,
a Macaé embalar e ensinar a caminhar.
Olha a cidade crescer, o rio serpentear,
acompanhando as mudanças
que o progresso faz chegar,
misturando a maresia cheiro garapa-café...

sábado, 24 de agosto de 2019

Mudinho - Manoel Ribeiro da Costa




Mulher Rezando -Mudinho - Manoel Ribeiro da Costa

Mudinho - Manoel Ribeiro da Costa
1906, Búzios/RJ

Lavrador e pescador, Mudinho - Manoel Ribeiro da Costa, o Mudinho da Praia Rasa - sobreviveu com o irmão Alfredo à morte de 11 irmãos. Por amizade e dificuldade de audição e de fala, Mudinho morou com o irmão, a cunhada e os sobrinhos por longo tempo, vivendo de lavoura de subsistência e pesca. A vida de ambos melhorou quando a habilidade de trabalhar a madeira se tornou patente ao começarem a construir embarcações com toras de madeira. A destreza dos irmãos na carpintaria tornou-se conhecida e atraiu um dia a visita do artista José d´Ávila, que veio procurá-los em busca de esculturas. Mudinho resolveu fazê-las e esculpiu o primeiro trabalho em uma tora de jaqueira. A sua voa aceitação fez com que a escultura passasse a ser a primeira fonte de renda da família, que, no entanto, não abandonou de vez as atividades de pesca e plantio. Animais, fruteiras, gamelas e principalmente, figuras hieráticas de orantes, talhadas no vinhático, no jequitibá ou na copaíba, com síntese formal próxima à dos ex-votos nordestinos, constituem o repertório dos irmãos Ribeiro da Costa. As figuras, sentadas ou em pé, de homens e mulheres, mostram um tratamento sensível na representação de braços, pernas e pés. As cabeças, volumosas, harmonizam-se, no entanto, com a concepção geral da figura, mostrando algumas vezes vazados entre o cabelo e o rosto. O trabalho de Mudinho e Alfredo, valorizado pelos meios intelectuais carioca e fluminense, integra inúmeras coleções particulares, bem como o acervo do Museu do Ingá, da Fundação de Museus do Estado do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 6 de março de 2019

Um "Ser" Mulher - Do Útero à Luta - Exposição Fotográfica.

Um "Ser" Mulher - Do Útero à Luta -
Exposição Fotográfica


Em Macaé (RJ), no período de 12 a 29.03.2019, no Museu Solar dos Mellos, localizado no centro de Macaé, a exposição "Um 'Ser' Mulher - do Útero à Luta".


Artistas:

Lis Guedes Fraga
23 anos, macaense, reside em Curitiba - PR onde é graduanda em Artes Visuais e professora. Fotógrafa há 4 anos, tendo percorrido diversos caminhos da sua linguagem fotográfica, encontra hoje na fotografia de rua uma forma de exercer seu papel político e social enquanto mulher feminista.



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Jorge de Lima


Jorge Mateus de Lima


Estou molhado dos limos primitivos
e ao mesmo tempo ressôo as trombetas finais


Nasce no dia 23 de abril, em União dos Palmares, AL
Morre em 15 de novembro no Rio de Janeiro - RJ




Jorge de Lima nasceu no dia de São Jorge, e teve como madrinha Santa Maria Madalena, a padroeira de sua terra natal. Aos sete anos, já escrevia poesia. Adolescente, foi estudar no Colégio Diocesano, em Maceió, onde criou um jornalzinho, O Corifeu. Ali, publicou os primeiros versos e um romance escrito nos tempos de menino. Um dia, porém, em pleno recreio, um grupo de alunos rasgou toda a edição. Para se vingar dos colegas, Jorge de Lima passou a publicar nos melhores jornais da cidade. Foi assim que, de passagem por Maceió, Osório Duque Estrada leu o poema O acendedor de lampiões. Os elogios do autor da letra do Hino Nacional valeram a Jorge de Lima - então com 17 anos de idade - o título de "Príncipe dos Poetas das Alagoas".

Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Jorge de Lima regressou a Maceió em 1915, para montar seu consultório médico. Atendia de graça aos mais humildes, visitando diariamente os doentes na periferia, um hábito que manteve a vida inteira. Este trabalho tornou-o tão popular na cidade, que ele foi eleito deputado estadual. Casou-se, em 1925, com D. Ádila, com quem teve um casal de filhos, e voltou definitivamente ao Rio de Janeiro em 1930. O escritório que instalou na Cinelândia tornou-se ponto de encontro de escritores, como José Lins do Rego e Murilo Mendes. No final dos anos 40, foi eleito para a Câmara dos Vereadores da cidade, onde chegou a presidente.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Gentileza, Profeta - José Datrino


Texto poético-gráfico em pilastra do Viaduto do Gasômetro, RJ
A graphic poem by Gentileza on a pillar of the Gasometer Viaduct, RJ

Gentileza, Profeta  Prophet Gentleness
[José Datrino]
1917, Cafelândia/SP
1996, Mirandópolis/SP

Nome que atribuiu José Datrino, nascido em Mirandópolis, São Paulo,  e que ficou conhecido como o profeta dos viadutos da cidade do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

O estigma de uma geração (por Gilberto Mendonça Teles)

Gilberto Mendonça Teles
Vinte anos depois da Semana da Arte Moderna, a poesia brasileira já havia conquistado o seu estatuto de modernidade.
Foi o tempo necessário para que o "espírito moderno" deixasse o litoral (Rio e São Paulo) e se expandisse pelo interior, ganhando as capitais dos estudos e indo aos poucos penetrando na mentalidade dos leitores, dos professores e estudiosos de poesia. Vinte anos depois, portanto, muita coisa já havia mudado na pregação modernista. Não era mais necessária a poesia-tese, como na Paulicea Desvairada. A ideologia programática dos manifestos ainda não se havia esgotado na prática poética. Certas técnicas de retórica e linguagem, desprezadas e combatidas inicialmente, porque repetidas e quase exauridas pelo modelo parnasiano, começam a ser reexaminadas e passam a adquirir novas funções diante do alargamento das concepções poéticas do século XX. Mas, infelizmente, a preguiça mental de professores e críticos já havia também assimilado os "modelos" postos em voga de que o Modernismo havia abolido a métrica, acabado com a rima, com o soneto, e mudado totalmente a construção dos poemas. A verdade (e isto está patente na obra  dos poetas da época) é que nem a métrica desapareceu, nem a rima, nem o soneto, mas tudo isso recebia tratamento novo de que os "estudiosos" não se deram conta, porque não examinavam diretamente as obras.

sábado, 2 de fevereiro de 2019

Arte Pública


  • Tamboretes de festa de largo. Stools used in open-air festivals - Salvador, Bahia - 1998
  • TAMBORETES de Festas de Largo da Bahia. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: . Acesso em: 02 de Fev. 2019. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

No fluir do processo que vai concentrando, no século XX, 70% da população brasileira nas cidades grandes, várias manifestações de arte pública ocorrem com frequência crescente em âmbito urbano. Transculturam-se conhecimentos e experiências de coletividades rurais e novas informações e vivências urbanas, com uma riqueza e variedades imensa e também grande celeridade no seu aparecimento e desaparecimento.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Noah Gordon - O Físico


Noah Gordon - O físico

O fisico / Noah Gordon: tradução de Aulyde Soares Rodrigues. - Rio de Janeiro: Rocco, 1988. 


Maravilhosa narrativa!

O físico, de Noah Gordon, relata a trajetória de vida miserável do jovem Rob J., na Inglaterra do século XI, partindo para a Pérsia, determinado na causa humanitária da arte do conhecimento científico, da Medicina, onde surgiram suas primeiras descobertas.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

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