sexta-feira, 13 de julho de 2018

C. S. Lewis - As crônicas de Nárnia


C. S. Lewis - As crônicas de Nárnia 

As crônicas de Nárnia, de C.S. Lewis é um livro para se ler a noite,  não somente para se criar o hábito de leitura, mas essencialmente um livro que levará os jovens a outro patamar literário.


Costumava ler uma história por noite para o meu filho na fase infantil e em determinado tempo ele passou a prosseguir sozinho com a leitura desse livro atemporal.

Parece simples mas é um livro de conteúdo aprofundado e bom para leitura adulta. Não parece ser As crônicas de Nárnia um livro infanto-juvenil tão somente.

Costumo ler a coluna "Na Estante" , de Andrea Russo Vilela, da Revista Cidade Nova e grata surpresa nesse mês de férias essa dica de leitura que transcrevo:

"Usar a imaginação para sair da realidade é uma possibilidade pulsante na infância e acredito que deva ser estimulada de todas as formas possíveis. Segundo o médico Tadeu Fernandes, membro da Associação Brasileira de Pediatria, "a imaginação estimula a criatividade, influencia o desenvolvimento cognitivo e contribui principalmente para a resolução de problemas.". Nesse sentido, a literatura infantil é um estímulo poderoso que usa a fantasia como combustível para alimentar e impulsionar o desenvolvimento do processo criativo da infância até a fase adulta.

Para este mês de férias, escolhi como bilhete de acesso ao mundo da fantasia a obra de um dos maiores escritores do gênero: Clive Staples Lewis ou C. S. Lewis (1898-1963), escritor irlandês, teólogo, professor universitário (Oxford e Cambridge), grande amigo e discípulo do memorável J.R.R. Tolkien (autor de O Senhor dos Anéis). Lewis usa linguagem fácil, fluida, e uma narrativa que proporciona interação do leitor com todo o ambiente de sua obra. Seus personagens são bem construídos; alguns encantadores, outros aterrorizantes. Seus enredos reúnem criaturas fantásticas, batalhas épicas entre o bem e o mal, curiosidade, suspense, aventura, amizade e, acima de tudos, o querer bem ao outro, a integridade e a honra, ingredientes perfeitos para um bom livro juvenil. Refiro-me à saga As crônicas de Nárnia, escrita entre 1949 e 1954, obra que faz parte do cânone da literatura clássica, com mais de 120 milhões de exemplares vendidos em 68 países e traduzido em 41 idiomas. O livro apresenta as aventuras dos irmãos Pevensie: Pedro, Suzana, Edmundo e Lúcia, que, no início da Segunda Guerra Mundia são enviados pela mãe para morar na casa de um tio misterioso e solitário, com o intuito de protegê-los dos horrores da guerra.

Em um só livro, estão reunidos sete histórias: O sobrinho do Mago; O leão, a feiticeira e o guarda-roupa; O cavalo e seu menino; Príncipe Caspian; A viagem do Peregrino da Alvorada; A cadeira de prata e A última batalha. A primeira e mais conhecida delas, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, foi publicada em 1950 e se tornou um grande sucesso, incentivando o autor a criar mais seis histórias.

As crônicas são independentes; todas têm início e desfecho, mas de certo modo há uma ordem cronológica de acontecimentos. Basicamente, tudo começa quando Lúcia, a irmã caçula, descobre em um cômodo da casa de seu tio um guarda-roupa antigo que, na verdade, é um portal para o mundo de Nárnia, um exuberante país que enfrenta um terrível e prolongado inverno (quase cem anos) imposto pela falsa rainha, a Feiticeira Branca. Com a ajuda do grande e poderoso leão Aslam, os irmãos Pevensie devem derrotar a terrível feiticeira e trazer paz de volta a Nárnia e a todos os que nela habitam.

Apesar de ser dirigida ao público juvenil, a saga faz uma crítica ao mundo real, à sociedade, e leva a garotada a uma boa reflexão sobre o bem e o mal, sobre dignidade e senso de coletividade.

O tamanho sucesso dessa saga suscitou grande interesse da televisão, do rádio, do teatro e do cinema para boas adaptações. Em 2005, os Estúdios Disney lançaram O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa nos cinemas. A boa aceitação do público fez com que a sequência logo fosse encomendada: Príncipe Caspian estreou em 2008 e A Viagem do Peregrino da Alvorada saiu em 2010, pela 20th Century Fox.

As Crônicas de Nárnia nos levam a um mundo mágico, cuja luz só é perceptível enquanto somos crianças porque, à medida que crescemos, infelizmente, vamos nos dedicando cada vez menos à imaginação.

Na Estante, por Andrea Russo VilelaRevista Cidade Nova - Ano LX,  n. 7, Julho de  2018pág. 47.





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