"A pena está para o pensamento como a bengala está para o andar. Da mesma maneira que se caminha com mais leveza sem bengala, o pensamente mais pleno se dá sem a pena. Apenas quando uma pessoa começa a ficar velha ela gosta de usar bengala e pena."(Arthur Shopenhauer)
O livro A arte de escrever apresenta abordanges sobre a literatura e seus vários aspectos distribuídos nos temas: 'sobre a erudição e os eruditos', 'pensar por si mesmo', 'sobre a escrita e o estilo', 'sobre a leitura e os livros' e 'sobre a linguagem e as palavras', sob a visão de Arthur Shopenhauer nas contudentes, atuais e até engraçadas críticas.
Shopenhauer ataca a literatura de consumo, procura estabelecer distinções entre os bons autores e os que escrevem por dinheiro, condena o hábito de ler apenas novidades deixando de lado os clássicos e faz considerações sobre a degradação da língua pela literatura decadente.
Shopenhauer ataca a literatura de consumo, procura estabelecer distinções entre os bons autores e os que escrevem por dinheiro, condena o hábito de ler apenas novidades deixando de lado os clássicos e faz considerações sobre a degradação da língua pela literatura decadente.
Reler Shopenhauer é antes que analisar suas duras críticas ao ato de ler desmensuradamente, refletir nas sábias colocações do filósofo: "Para ler o que é bom uma condição é não ler o que é ruim, pois a vida é curta, o tempo e a energia são limitados."
Shopenhauer valoriza a reflexão intercalada com uma boa leitura (afinal não compramos tempo junto com um bom livro) quanto a arte de 'não ler'.
"Seria bom comprar livros se fosse possível comprar, junto com eles, o tempo para lê-los, mas é comum confundir a compra dos livros com a assimilação de seu conteúdo.
Diminuí meu ritmo de leitura recentemente e lógico que me agarrei a Shopenhauer para me sentir bem pois nem é preciso dizer que sou viciada em ler. Tem um momento em que o autor chega a dizer: "Ah, essa pessoa deve ter pensado muito pouco para ter lido tanto". Tornando minha fala contraditória, como bem lembra o autor, pois logo que falo já entro em erro, digamos que me opornunizei ao ato de pensar melhor.
"Assim como as atividades de ler e aprender, quando em excesso, são prejudiciais ao pensamento próprio, as de escrever e ensinar em demasia também desacostumam os homens da clareza e profundidade do saber e da compreensão, uma vez que não lhes sobra tempo para obtê-lo."
Schopenhauer, Arthur, 1788-1860
A arte de escrever / Arthur Schopenhauer; tradução, organização, prefácio e notas de Pedro Sussekind. - Porto Alegre : L&PM, 2008. 176 p.
A arte de escrever / Arthur Schopenhauer; tradução, organização, prefácio e notas de Pedro Sussekind. - Porto Alegre : L&PM, 2008. 176 p.
minha contribuição.
ResponderExcluirJLM,
ResponderExcluirSeja bem-vindo!
A irreverência de Shopenhauer é sempre gratificante de ser relida.
Modas dum diletante! Meu blog cuja inspiração e nome vieram durante a leitura desse livro.
ResponderExcluirgilrikardo-blog.blogspot.com
Joinville SC
Obrigado.
Olá Gilrikardo blog,
ResponderExcluirObrigado pela visita e comentário.
Visitei o diletante e gostei muito de tuas letras.
Este espaço em rede é mesmo um encontro através da troca de idéias. Amei teu vídeo.