quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Carlos Drummond de Andrade - No Meio do Caminho

Areia Branca - RJ - Brasil


 
 No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nuncca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Carlos Drummond de Andrade - 100 Anos de Poesia


Quase impossível caminhar em um ensolarado dia  sem recordar Drummond!

"(Drummond) cria uma linguagem poética inconfundível e quase inimitável, seca, precisa, direta, que não disfarça o objetivo ou a coisa. E ao lado das fdormas livres, enriquece as formas tradicionais."
Antonio Candido e José Aderaldo Castello

"Carlos Drummond de Andrade, timidíssimo, é, ao mesmo tempo, inteligentíssimo e sensibilíssimo. Coisas que se contrariam com ferocidade. E desse combate toda a poesia dele é feita."
Mário de Andrade

"Não tenho tido nenhuma ambição literária, fui mais poeta pelo desejo e pela necessidade de exprimir sensações e emoções que me perturbavam o espírito e me causavam angústia. Fiz da minha poesia um sofá de analista. É esta a minha definição do meu fazer poético."
Carlos Drummond de Andrade


Filho de uma família de fazendeiros, Carlos Drummond de Andrade começou cedo sua vida lierária. Aos 13 anos, já participava de reuniões no Grêmio Dramático e Literário Artur Azevedo, onde fazia palestras sobre literatura. Em 1918, foi estudar no colégio interno Anchieta, em Nova Friburgo, de onde foi expulso, um ano depois, por desentendimentos com um professor de português. Na justificativa oficial do colégio constava o seguinte motivo: "insubordinação mental". Drummond frequentou o colégio Arnaldo e terminou os estudos em Belo Horizonte, onde seus primeiros trabalhos foram publicados no Diário de Minas.
Drummond acreditava em relação à poesia: "Não tenho tido nenhuma ambição literária, fui mais poeta pelo desejo e pela necessidade de exprimir sensações e emoções que me perturbavam o espírito e me causavam angústia. Fiz da minha poesia um sofá de analista. É esta a minha definição do meu fazer poético."


O escritor Manuel Grana Etcheverry, genro do poeta, conta que, quando Maria Julieta ficou doente, Drummond registrou o calvário da filha em pequenas anotações, que acabam com as seguintes palavras: "Assim terminou a vida da pessoa que mais amei neste mundo. Fim." Muito abalado, numaw consulta médica, Drummond pediu à sua cardiologista que lhe receitasse um "enfarte fulminante". Doze dias depois da morte da filha, o poeta faleceu.

6 comentários:

  1. Poema essencial da nossa língua!
    Abraços.

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  2. Eu diria que ele foi sensivel e sobe aproveitar este dom...

    Fique com Deus, senhorita Lígia.
    Um abraço.

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  3. OLÁ VIM T VER, E ALIMENTAR MINHA ALMA COM POESIAS. QUERO DEIXAR UM ENDEREÇO PARA QUE QUANDO TIVER UM TEMPO POSSA VISITAR.. ESPERO QUE GOSTE EU PARTICULARMENTE GOSTO MUITO rsrs
    http://meusrascunhos.blogspot.com

    bjim at breve!!

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  4. Jamesp,

    Obrigado pela presença e comentário pertinente. Drummond é nosso orgulho literário!

    Boa semana! Abraços!

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  5. Daniel Sávio,

    Conforme comentei com o Jamesp, ler Drummond é adentrar na sensibilidade das letras sempre.

    Boa semana!

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  6. Aurinha,

    Estarei indo logo logo visitar teu endereço e certamente gostarei.

    Até breve! Beijos!

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