sábado, 26 de junho de 2010

Vidas Secas - em construção

"Mudança" é o título do primeiro capítulo.

"Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamnte andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala."
Bom começo!
Inicio a leitura e paro exato onde a família de retirantes encontra uma casa abandonada. Uma esperança. Nada de estranho até o momento excetuando-se o nome da cachorra Baleia e o fato de Fabiano o personagem principal ainda não ter tomado uma pinga até o momento (a não ser que já tivesse tomado antes do início). Baleia é um nome extravagente, farto. Não combina com a dona. Conheci Caquinho, Guerreiro, Pulga, Pituca, alguns já foram outros iniciam mas Baleia é um nome surpreendente. A piada de Graciliano Ramos para o leitor desavisado. A algum tempo desisti de assistir filmes. Tenho visto a realidade pintada de tinta mais forte. Este livro pelo menos é preto e branco, não há engano. Depois que descobri que meus avós foram retirantes e que meu pai quase foi vendido com os irmãos em uma feira, estou um pouco arredia com este tópico. Enfim, preciso de um tempinho para pegar as tralhas que estão no chão desengonçadas. Volto.

(continuar)

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