Enquanto ouço Elvis, impossível não refletir sobre o filme com a cinematografia de Elvis Presley.
Nenhum espanto para quem já leu sua biografia "Elvis, mito ou realidade", obra biográfica de Maurício Camargo Brito.
Nenhum espanto para os fãs do Elvis.
Tanto o livro quanto o filme abordam o momento que morre o ser humano e nasce um mito extraordinário.
Um mito que rompeu com os padrões de uma geração somente através de sua maravilhosa voz e performance.
Um mito que se entregou de corpo e alma aos fãs embora tenha ficado preso na caixa da fama.
Fama essa que não conseguiu se desvencilhar pois literalmente era consumido, despedaçado, arrancado pedaços quando em público se apresentava tanto quanto consumido em exaustão pelo sistema através da relação representada por seu empresário.
Como um ser humano deixa de ser humano para sustentar um mito criado popularmente.
Nesse tom tanto o livro quanto o filme nos deixa pistas de que elvis não morreu.
Não falo do artista, eternamente vivo em seus fãs.
Mas da possibilidade sim, de Elvis ter enterrado o mito para salvar o humano.
Da geração de meus filhos, não consegui convencer os da geração de 1980 nem a da geração 2.000 , tão somente a da geração 1990 a assistir Elvis e saber que a influência das músicas de Elvis estavam lá no dia-a-dia dessa geração me deixou feliz a certeza de que Elvis vive.

Eis um filme muito bem produzido. O diretor e o ator que representa Elvis fizeram a lição de casa, retratando de forma palatável e crível o grande artista retratado. Entretanto ( sempre tem um porém), o filme insiste no engodo apresentado pela ex-esposa, que para muitos incautos, se apresenta como uma pessoa merecedora de admiração ou credibilidade. Para ilustrar a tese, a cena em que ela teria chamado o ex-marido para se internar em uma clínica nunca aconteceu. Ela estava muito feliz ao lado do ex-amante Mike Stone e em momento algum se preocupou ( não há relatos disso) com o que estava acontecendo com ele.
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