sábado, 12 de dezembro de 2015

Omar Khayyam - Rubaiyat (de Franz Toussaint)

Omar Khayyan - Rubaiyat
Rubaiyat (Omar Khayyam); tradução Manuel Bandeira (de Franz Toussaint). - Rio de Janeiro: Ediouro, 2001.

Um mistério: assim este livro chega a minhas mãos.

Após uma mudança de espaço físico no trabalho, eis que sob a minha mesa aparece o livro Rubaiyat, com belíssima capa, impressionando a primeira vista.

Procuro pelo dono sem êxito. Resolvo levá-lo para leitura.

Basta ler uns versos para saber a jóia que ficou perdida em minha mesa.

Imaginá-lo sendo escrito no século XI por um poeta persa que se tornou um dos autores mais populares do mundo foi um imenso prazer.

Omar Khayyan é um fenômeno, e recriado por muitas mãos, o que de certa forma gera polêmicas acerca da tradução de suas obras.

Nesta edição Manuel Bandeira optou por trabalhar sobre a tradução francesa de Toussaint (1923), pois achava que a edição inglesa de FitzGerald (1859), que popularizou Omar Khayyam no Ocidente, sendo "primorosa" do ponto de vista literário, é, do ponto de vista da fidelidade ao texto original, "inaproveitável".

Assim segue a polêmica sobre quantas "quadras" Omar deixou. Seriam 206 conforme edição iraniana de 1461 ou 464 de acordo com a edição francesa de J.B. Nicolas (1857), que trabalhava na embaiada francesa em Teerã. Seriam as 178 da edição em Teerã, em 1943, ou as 121 da edição dinamarquesa de 1927?

Importante astrônomo, matemático e pensador em sua época, chegou a nós como poeta. Sua poesia sobreviveu à sua ciência e aos seus tradutores.

Há qualquer coisa intrigante e misteriosa que faz com qeu leitores de uma era eletrônica e globalizada se deliciem com essa poesia simples e intemporal, já alerta Affonso Romano de Sant´Anna na contra-capa do livro.

Melhor que saber sobre o autor é ler suas poesias, certamente.

Ah, não procures a felicidade!
A vida dura o tempo de um suspiro.
Djemchid e Kai--Kobad hoje são poeira.
A vida é um sonho; o mundo, uma
[miragem.

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