Ricardo Lísias |
Hilário por apresentar humor embutido na narrativa de repetições que reforçam e compõem o personagem principal, um colecionador na juventude, reforçando suas angústias existenciais.
O autor empresta seu nome ao personagem que passa por um sofrimento que se agrava ao longo da narrativa quando não aceita o fato de que seu amigo que se suicidara não tem um lugar ao céu. Pelo menos do ponto de vista da procurada aceitação espiritual para o amigo através das religiões por que procura uma resposta, ou um céu ao morto.
Percorre o caminho de alívio a suas angústias quando tenta encontrar nos locais onde o amigo morto percorreu resposta ao seu sentimento, a culpa por não ter prestado ajuda ao moribundo quando o procurara em vida.
Assim, passa da faculdade ao manicômio onde André, seu melhor amigo vivera, encontrando nos outros respostas a si mesmo, seja através da não aceitação da fala alheia quanto da necessidade de um contacto físico, um alento de um idoso qualquer, um médico, uma transeunte, como alívio de suas dores.
A medida que avança à busca de respostas de significação de vida à vida do amigo morto também percorre essa busca à suas necessidade de existência.
Assim vai tecendo a trama que de certa forma tem uma narrativa exagerada até chegar ao ápice das angústias e sofrimentos físicos e psíquicos do conturbado personagem.
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